Data: 22/08/2015
O que é batalha espiritual?
O que seria: batalha espiritual? É a batalha constante que o cristão enfrenta contra as influências do mundo, contra a sua própria natureza pecaminosa (carne), e contra o diabo.
Estou baseando tal estudo na revista número 8 editada pela editora Central Gospel, cujo título é o mesmo citado neste estudo e o autor é o Pr. Joá Caitano da Silva. Colocarei a minha colaboração neste estudo e usarei outras fontes de consulta além da revista. Devo dizer que todas às vezes que citar algum autor colocarei tal citação entre aspas e citarei a fonte.
I – A BATALHA ESPIRITUAL É UMA REALIDADE BÍBLICA. A) Já no início da Bíblia vemos tal batalha sendo referida em Gn 3.15. Ao pronunciar o juízo contra serpente (o diabo), Deus diz que sempre haveria inimizade entre satanás e os descendentes da mulher. E o descendente da mulher (Jesus) pisaria a cabeça da serpente que morderia o calcanhar dEle (a crucificação). O crente precisa ter consciência que existe uma batalha, cuja guerra é travada no coração humano e na história dos seres humanos. “O inimigo das nossas almas não quer que estejamos conscientes desta batalha. Ele procura convencer a todos que, tudo que acontece é normal e pura casualidade. Seria isto verdade? As coisas absurdas que sucedem a cada instante são normais? Os crimes, as tragédias, as injustiças, as distorções sociais, a destruição desenfreada na família, dos valores morais da ética; será tudo isto casualidade?” (IN: Pr. Joá Caitano da Silva; COMO ENFRENTAR AS BATALHAS ESPIRITUAIS – Revista do professor; Editora Central Gospel; p.6)). B) No confronto entre Jesus e Satanás. Quando no seu ministério terreno Jesus enfrentou oposição de Satanás que o tentou no deserto. A Palavra diz que mesmo Jesus como homem não cedeu as tentações. Veja Hb 4.15: “pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (NVI). A Palavra ainda diz mais, que Jesus venceu a Satanás como homem. Veja Hb 2.14: “… ele participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo” (NVI). C) O combate das trevas contra a luz. Aquele que está em Jesus está na luz e sofre oposição das trevas. Veja 1 Jo 1.5-7; 2.9-11.
II – CONHECENDO OS ADVERSÁRIOS. “É impossível passar despercebido o que acontece no mundo espiritual. Todo o crente é vítima de ataques constantes que ocorrem no viver de cada dia (…). É preciso, urgentemente, acordar o sono da indiferença e da posição derrotista de que tudo é assim mesmo, conformando-se com uma vida medíocre, pobre, infeliz e fracassada. Os três adversários que não dão trégua ao crente são, de fato: a carne, o mundo e o diabo. E para vencê-los é preciso de revestimento do poder do Espírito Santo” (IN: Pr. Joá Caitano da Silva; COMO ENFRENTAR AS BATALHAS ESPIRITUAIS – Revista do professor; Editora Central Gospel; p.6)). A) A Batalha entre a carne o espírito. A Palavra de Deus fala da guerra interior existente na alma do crente entre a carne (natureza pecaminosa) e o espírito. A carne com sua concupiscência deseja o pecado, o espírito deseja as coisas de Deus. Gl 5.17: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”. “Só será vitorioso nesta batalha, quem utilizar as estratégias bíblicas ao seu dispor (Gl 5.16), buscar a plenitude do Espírito, andar dirigido e orientado por Ele, e permitir que Ele fecunde o fruto Espiritual”. (IN: Pr. Joá Caitano da Silva; COMO ENFRENTAR AS BATALHAS ESPIRITUAIS – Revista do professor; Editora Central Gospel; p.7)). B) A Batalha contra o mundo (mundanismo) e suas aflições. Quando falamos da batalha contra o mundo não estamos falando no sentido físico, do planeta ou da natureza. E também não nos referimos as pessoas “porque Deus amou o mundo…” (Jo 3.16). Mas queremos dizer sobre os valores terrenos e pecaminosos que enchem a humanidade. João afirma que “o mundo inteiro jaz no maligno” (1 João 5.19) e Paulo chama satanás de deus deste século (II Co 4.4). “Como príncipe deste mundo, satanás espalha nele sua influência (cf. Jô 12.31; 14.30; 16.11). Ele anima o espírito do anticristo…presentemente já está no mundo” (I João 4.3), de maneira que, na realidade, o reino das trevas, composto dos súditos humanos e espirituais do demônio, organiza e sustenta a oposição contra Cristo e sua Igreja” (RUSSEL SHEED, O mundo, a carne e o diabo. Edições Vida Nova, p.39). Outro aspecto da oposição do mundo são as suas aflições peculiares. O cristão pertence ao reino de Deus, portanto sofrerá oposição do reino deste mundo (João 15. 18 e 19; 1 João 3.13). Jesus disse que venceu o mundo com suas aflições (João 16.33). Nós podemos também vencer. “O segredo para vencer as tribulações e aflições existentes no mundo é permanecer no Senhor Jesus. Ele diz que nEle há paz. Ele garante paz verdadeira, descanso para a alma e ânimo redobrado (João 14.27)” (IN: Pr. Joá Caitano da Silva; COMO ENFRENTAR AS BATALHAS ESPIRITUAIS – Revista do professor; Editora Central Gospel; p.7)). C) A oposição de Satanás. “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (I Pe 5.8). Penso que satanás utiliza-se de três estratégias para enganar as pessoas a respeito de si mesmo. Primeiro: satanás deseja que as pessoas não creiam na sua existência. Existem pessoas que crêem que satanás é um mito inventado pela religião. Segundo: satanás coloca uma lente de aumento em si mesmo para aumentar o seu tamanho e provocar mêdo nas pessoas. Muitos têm uma atitude medrosa para com o inimigo. Atribuem a ele muitas coisas. Procuram conhecer as profundezas de satanás (Ap 2.24) e vivem cheias de superstições. E em terceiro, satanás deseja que as pessoas que crêem na sua existência vivam como se ele não existisse. Muitos sabem da sua existência, porém vivem de uma forma relaxada, displicente, sempre próximo das fronteiras do inimigo, como se o inimigo não existisse. “Para vencer o diabo com todas suas artimanhas, estratégias, ciladas e operações malignas, é preciso estar em sobriedade, equilíbrio e, sobretudo, vigilância constante. As armaduras de Deus, a couraça da fé, estão a dispor, a fim de que, fortalecido no Senhor e na autoridade do seu poder, o crente se torne um autêntico vencedor” (IN: Pr. Joá Caitano da Silva; COMO ENFRENTAR AS BATALHAS ESPIRITUAIS – Revista do professor; Editora Central Gospel; p.8)). Leia Tiago 4.7
III – NESSAS BATALHAS NÃO ESTAMOS SOZINHOS. Temos as nossas parte a fazer nestes enfrentamentos, porém sozinhos não venceremos. Nós precisamos de Deus e do Seu poder para vencer. O Senhor é um homem de guerra (Ex 15.3). Deus é O Senhor dos exércitos (Zc 4. 6b; 1 Sm 1.11) O Senhor peleja pelo seu povo (Ex 14.14) A guerra é do Senhor (1 Sm 17.47b).
Qual a base biblíca par quebra de maldição hereditaria?
É comum encontrarmos denominações que orientam seus fiéis a passarem por campanhas de “quebra de maldições”, mas será que existe esse tipo de recomendação na Bíblia?
Quem comenta sobre o assunto é o reverendo Augustus Nicodemus Lopes, que escreveu um artigo em seu blog mostrando que a prática não era usada pelos discípulos de Jesus.
Esse tipo de ritual é comum em algumas igrejas neopentecostais e pentecostais que acreditam que ao ter um passado ligado, consciente ou inconsciente, com coisas ocultas a pessoas precisam renunciar esse tipo de ligação para receber a salvação.
Ao explicar sua visão sobre este tipo de ensinamento, Nicodemus Lopes cita o texto de Atos 8 onde está o relato da conversão de samaritanos que seguiam a Simão Mago. Apesar da ligação com o ocultismo, Felipe não realizou nenhuma sessão de quebra de maldições, apenas pregou o evangelho e batizou os novos convertidos, incluindo o bruxo.
Ainda falando dessa passagem bíblica, o reverendo presbiteriano lembra que os apóstolos foram até Patmos para examinar os novos cristãos e apenas oraram para que estes recebessem o Espírito Santo.
“Nenhuma palavra sobre o passado deles na feitiçaria! Nenhuma instrução a Felipe para que anulasse os pactos demoníacos daquela gente! Os apóstolos consideraram que a obra de Cristo nos samaritanos, convertendo-os, era suficiente para romper os laços antigos de pecado, ignorância, superstição e incredulidade”, conclui.
Para Augustus Nicodemus uma campanha de batalha espiritual acaba diminuindo “o poder e a eficácia da suficiência de Cristo na vida do crente”, uma vez que elas estimulam os cristãos a passarem por sessões de quebra de maldição para se tornar um crente verdadeiro.
Quando o bruxo de Atos 8 apresentou sinais de que estava “amarrado” ao seu passado, o apóstolo Pedro não ministrou uma dessas orações, mas o orientou a arrepender-se, sem exigir que ele anulasse com orações seu envolvimento com espíritos.
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