No livro de Jeremias, Capitulo 18,
Deus conduz o profeta a visitar uma olaria e observar o trabalho de um
oleiro. A visão do profeta, serviria de mensagem para toda nação de
Israel: Deus, O Oleiro. Israel, o barro. A roda do oleiro, o tempo. A
voz de Deus, foi audível, naquele lugar. O trabalho dos oleiros, na
confecção de vasos de barro, nunca mudou. É o mesmo, através dos
séculos. A mensagem, portanto, a ser transmitida, permanece. O que Deus,
nos fala através dessa metáfora?
O Barro:
Em seu estado bruto, não serve para manuseio, na roda de oleiro.
Precisa, passar por todo um processo, se tornar elástico, para
modelagem: Colhe-se o barro, peneira, mistura com água, deixa de molho
(para livrar das impurezas) e é pisado até sair todas as bolhas de
ar(enfraquecem o vaso na hora de passar pelo forno). No forno, o barro,
enfim, se torna mais resistente.
O Vaso:
Do barro fomos criados (Gn 2:7) e ao barro tornaremos (Ec 12:7).
Vivemos, portanto, para o objetivo de sermos levados "a casa do Oleiro".
Um digno destino. A olaria, simboliza, o Reino de Deus.
Algumas porções de barro, se tornam,
"vasos de honra" (II Tm 2:21). Carregam tesouros (IICor 4:7). Algumas,
vasos de desonra (Rm 9:21): Passaram pelo Oleiro, porém, estão a
carregar coisas impuras, ilícitas, produtos de roubo, morte e
destruição. Relaciono estes, aos apostatas, pessoas que deixaram "o
primeiro amor", no afã de se tornarem, servos de Mamon. Vasos de
desonra.
Ainda existe,
um terceiro e triste destino para um vaso: ser quebrado. "...Deste modo
quebrarei eu a este povo, e a esta cidade, como se quebra o vaso do
oleiro, que não pode mais refazer-se..." Jr 19: 11. A quebra do vaso,
pelas mãos de Jeremias, tinha o propósito de alertar as pessoas de seus
graves pecados. Simbolizava julgamento. Israel, passara, de vaso de
honra, para desonra e por fim seria destruída. A utilidade (ou
inutilidade) do vaso, define sua longevidade. Que tipo de vaso, estamos
sendo?
O ser humano, pecador, cheio de
impurezas, barro, no estado bruto, chega a "Olaria" para ser trabalhado.
Somos escolhidos (At 9:15), purificados (Jo 17:17), provados (Sl 11:5) e
aprovados (IITm 2:15).
O Oleiro:
Com destreza e paciência, molda o barro, que, na roda de oleiro, é
totalmente dependente D'Ele. Se deixa moldar. Se, ao tomar forma de
vaso, o barro, se despedaçar, O Oleiro, torna a juntar a massa e faz
outro vaso, ainda melhor. Ele não abandona o vaso, despedaçado em suas
mãos.
Deus, anseia que entremos na olaria,
no Seu Reino. Só assim o barro ganha forma. Um material, pobre e fácil,
tornado excelente. "Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro para
que a excelência do conhecimento seja de Deus e não de nós" II Cor 4:7.
Um paradoxo: Seres humanos, frágeis, tornando-se instrumentos nas mãos
de Deus.E nesse processo, Ele perdoa, a todo que se fizer servo. Ele
revigora as forças do abatido, animando-o a prosseguir. Como o vaso, que
quebra na roda de moldar e recebe nova vida.
Que Deus em Cristo, nos faça recordar, sempre, que eramos barro, destinados a perdição: Arrastados pela água, ressecados pelo sol, levados pelo vento. O Oleiro, nos recolheu. Entregues em suas mãos, nos tornamos vasos. Moldados para o serviço. Louvado seja O Oleiro!
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